Exames Ginecológicos
Precisa realizar Exames Ginecológicos e quer entender mais sobre eles? Dra. Camila Poccetti Ribeiro é Ginecologista no Itaim Bibi, em São Paulo, e fala sobre o tema!
Os exames ginecológicos são fundamentais para identificar a causa de determinados incômodos ou até diagnosticar doenças silenciosas.
Esses procedimentos podem ser feitos tanto no consultório do ginecologista, como também em clínicas ou laboratórios — isso dependerá das análises solicitadas.
Além do diagnóstico, os exames ginecológicos de rotina também ajudam na prevenção de problemas, sobretudo se realizados da forma e frequência corretas.
O que são exames ginecológicos?
Os exames ginecológicos são solicitados pela ginecologista para analisar a ocorrência de problemas na saúde da mulher e, caso seja identificada alguma doença, podem determinar o tratamento mais adequado.
Os problemas identificados por esses exames podem ser simples, como também graves, sendo que quanto antes for realizado o diagnóstico, maiores serão as chances de recuperação.
Por isso, é importante que as mulheres realizem consultas periódicas com a ginecologista, incluindo aquelas pacientes que não iniciaram ou não possuem uma vida sexual ativa.
Qual a importância de realizar os exames que a ginecologista solicita?
A principal importância de manter consultas regulares com a ginecologista e realizar os exames ginecológicos de rotina é conseguir identificar doenças e poder iniciar o tratamento o quanto antes.
Além disso, esse acompanhamento é importante para ajudar as mulheres a compreenderem o funcionamento do seu sistema reprodutivo e prevenir doenças.
Dentre os problemas que podem ser identificados pelos exames ginecológicos de rotina, os mais comuns são:
- HPV;
- Endometriose;
- Adenomiose;
- Miomas;
- Síndrome do ovário policístico (SOP);
- Infecções;
- Alterações hormonais;
- Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
- Câncer de mama, ovário, colo do útero, endométrio e vulva.
Quais os principais exames ginecológicos?
Além da entrevista com a paciente, na qual coletamos informações sobre o estilo de vida, hábitos sexuais e possíveis incômodos, realizamos também um exame físico completo, no qual observamos o sistema reprodutor e podemos já identificar eventuais problemas.

Além disso, podemos solicitar a realização de uma série de exames, que nos ajudam a chegar em um diagnóstico preciso, sendo os principais:
Coleta de citologia oncótica (Papanicolaou)
Também chamado de Papanicolau, este é um exame de rastreamento de câncer de colo de útero, que consiste na coleta e análise de material do colo do útero.
A periodicidade da realização da coleta de citologia oncótica depende da idade da paciente e dos resultados obtidos nas análises anteriores.
Colposcopia e vulvoscopia
Esses exames ginecológicos são importantes para rastrear e diagnosticar lesões no aparelho reprodutor feminino que podem ou não ser indicativos de doenças, como por exemplo, o HPV e câncer do colo do útero.
Nestes exames, utilizamos o colposcópio para observar de forma detalhada e ampliada a região íntima feminina e, assim, identificar possíveis alterações.
Ultrassom transvaginal
Este é um exame muito útil para detectar condições, como endometriose, tumores e cistos no ovário.
Nele, o médico insere uma sonda na vagina da paciente para captar imagens diretamente do útero, ovários e outras regiões.
Apesar de ser amplamente solicitado, no geral, é mais indicado para mulheres que sentem incômodos na região pélvica, dor ou sangramento anormal.
Ultrassom das mamas
O ultrassom das mamas é um exame que nos permite identificar lesões no tecido mamário.
É um procedimento não invasivo e indolor que podemos indicar para mulheres de todas as idades, de modo a fazer o rastreamento de possíveis doenças.
Mamografia
A mamografia é uma espécie de raio X realizado com compressão das mamas.
É fundamental para identificar lesões benignas e malignas que não identificamos durante o exame clínico.
Normalmente, indicamos sua realização para mulheres a partir dos 40 anos de idade e sua realização costuma ser anual.
Já para pacientes que possuam histórico familiar de câncer de mama, podemos indicá-lo antes dos 40 anos ou em uma frequência maior.
Ressaltamos que cada caso é muito particular e vai demandar uma tratativa e exames específicos, com frequências distintas.
Por isso, é fundamental agendar consultas periódicas com a ginecologista, de modo a conhecer melhor seu corpo e cuidar da sua saúde!