Incontinência urinária: saiba como tratar
A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária de urina e pode afetar pacientes de todas as idades.
Essa condição tem um grande impacto na qualidade de vida das mulheres, levando a restrições nas atividades diárias e até mesmo a problemas emocionais.
Existem diferentes tipos de incontinência urinária feminina, sendo os mais comuns a incontinência de esforço e a incontinência de urgência.
Assim, é muito importante não ignorar o problema e buscar o tratamento adequado para o seu caso, com o objetivo de recuperar a qualidade de vida, acompanhe neste artigo.
Quais são os tipos de incontinência urinária?
A incontinência urinária é um problema em que ocorre a perda involuntária de urina, ou seja, a pessoa não consegue controlar a saída de xixi da bexiga.
Dessa forma, a mulher pode experimentar o escape de urina durante diferentes situações e em momentos inapropriados.
Podemos dividir a incontinência urinária em três tipos:
Incontinência de esforço
É o tipo mais comum de incontinência urinária entre as mulheres.
Ela ocorre quando há um enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, responsáveis por sustentar a bexiga e a uretra (canal que leva a urina da bexiga para fora do corpo).
Diversas são as situações que podem levar a este problema, por exemplo, a gestação, o parto normal e a menopausa.
Então, a mulher pode ter perda de urina até mesmo durante esforços simples, como levantar objetos, tossir, espirrar ou rir.
Incontinência de urgência
Também conhecida como bexiga hiperativa, esse tipo de incontinência é caracterizado por uma necessidade repentina e intensa de urinar, seguida de perda involuntária de urina antes que se possa chegar ao banheiro.
Pode ser desencadeada por uma infecção na região ou o consumo de alimentos que irritam a bexiga, por exemplo.
Incontinência mista
É a combinação da incontinência de esforço e da incontinência de urgência.
Assim, a paciente experimenta sintomas de ambos os tipos.
Quais são as principais causas para essa condição?
De acordo com acordo com a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, 40 % das mulheres apresentam algum nível de incontinência urinária.
É importante ressaltar que cada tipo de incontinência urinária tem suas causas próprias, e o diagnóstico pode ajudar a identificar os fatores relevantes para cada mulher.
Podemos citar as principais situações que podem originar o problema:
- Cirurgias;
- Doenças que atingem a bexiga;
- Gravidez e parto;
- Tumores;
- Tosse crônica;
- Obesidade;
- Bexigas hiperativas.


Como diagnosticamos a incontinência urinária?
A uroginecologista é a profissional mais indicada para determinar quais abordagens diagnósticas serão mais adequadas para cada paciente, considerando os sintomas e outras características específicas.
De forma geral, o diagnóstico da incontinência urinária é essencialmente baseado na escuta das queixas da paciente e na análise do histórico médico.
Ademais, é comum a realização de um exame físico, bem como o encaminhamento para exames mais específicos.
Por exemplo, a realização de testes urodinâmicos é uma opção valiosa para reforçar o diagnóstico.
Esses testes são pouco invasivos e registram a atividade da bexiga, incluindo contrações e perda de urina durante esforços.
Geram dados importantes sobre a função da bexiga e revelam possíveis anormalidades estruturais ou funcionais.
Como tratamos essa condição?
O tratamento da incontinência urinária irá variar conforme a causa e o tipo de incontinência que a paciente possui.
Em um primeiro momento, podemos encaminhá-la para terapias mais conservadoras, como o treinamento da bexiga.
Assim, a paciente irá aprender a controlar os intervalos entre as idas ao banheiro e realizará exercícios do assoalho pélvico para fortalecer os músculos responsáveis pelo controle urinário.
Em alguns casos, também prescrevemos medicamentos para ajudar a controlar a incontinência.
A medicação pode contribuir para relaxar a bexiga ou para fortalecer os músculos do esfíncter urinário, dependendo do quadro da paciente.

Cirurgia para incontinência urinária
Quando a incontinência urinária atinge um estágio mais grave ou quando as opções de tratamento mais conservadoras não são eficazes, considera-se a cirurgia.
Existem diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos disponíveis para tratar esse problema.
Um dos procedimentos comumente realizados é o uso de um dispositivo chamado sling.
O sling é uma estrutura feita de material sintético, como polipropileno que sustenta e fortalece a região média da uretra.
Essa intervenção tem como objetivo aumentar a resistência uretral e reduzir a perda de urina, proporcionando uma melhora nos sintomas.
Então, agora que você já sabe que existem diversas formas para tratar a incontinência urinária, não hesite em procurar ajuda.
Agende uma consulta o quanto antes com a uroginecologista!
Dra. Camila Poccetti Ribeiro
Médica ginecologista e obstetra especialista em Uroginecologia
Conheça a formação da Dra. Camila:
- Graduação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp);
- Residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) – EPM;
- Especialização em Uroginecologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) – EPM.
A Dra. Camila Poccetti atende em seu consultório em São Paulo, no bairro Itaim Bibi, e oferece uma consulta completa, individualizada e humanizada para mulheres nas mais diversas fases de suas vidas!